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Faculdades Integradas Aparício Carvalho FIMCA Curso de Farmácia ARGEU NEVES DOS REIS Taynara Malliotti Araújo Maria Viviane Porto Velho-Ro 2016 Trabalho elaborado como requisito avaliativo parcial, para obtenção de nota da disciplina de Parasitologia clínica, sob Orientação da Prof. Juçara M. R. Codá Miyai do curso de Farmácia - período, das Faculdades Integradas Aparício Carvalho – FIMCA.

AMEBAS DE VIDA LIVRE

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GÊNERO Acanthamoeba,Naegleria e Balamuthia, responsáveis por infecçõesoportunistas e não oportunistas em humanos e outrosAnimais.

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Faculdades Integradas Aparício Carvalho FIMCA Curso de Farmácia

ARGEU NEVES DOS REIS Taynara Malliotti Araújo

Maria Viviane

Porto Velho-Ro2016

Trabalho elaborado como requisito avaliativo parcial, para obtenção de nota da disciplina de Parasitologia clínica, sob Orientação da Prof. Juçara M. R. Codá Miyai do curso de Farmácia - 9º período, das Faculdades Integradas Aparício Carvalho – FIMCA.

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AMEBAS(AVL)• . São protozoários amplamente dispersos na natureza.• Já foram identificadas no solo, ar, água doce e do mar,

poeira e também na orofaringe de humanos saudáveis• habilidade de viver livremente sem hospedeiros, mas

apresentam a capacidade de invadir um hospedeiro e viver como parasitos.

• AVL, apenas os gêneros Acanthamoeba,• Naegleria e Balamuthia são responsáveis por infecções• oportunistas e não oportunistas em humanos e outros• Animais.

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AMEBAS(AVL)• Acanthamoeba e Naegleria tem ampla distribuição na

água e no solo• gênero Balamuthia, até o momento, foram• isoladas apenas em amostras de solo e poeira.• A Acanthamoeba sp possui duas formas biológicas: a

cística e a trofozoítica.• A sobrevivência do microrganismo em condições de alta

temperatura, dessecação e na presença de alguns desinfetantes químicos

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• Acanthamoeba está associado com doenças• humanas e podem causar encefalite amebiana• granulomatosa (EAG), lesões cutâneas, infecções renais,

pulmonares e da nasofaringe em indivíduos imunocomprometidos e imunocompetentes pode causar ceratites.

• A Balamuthia mandrillaris, uma AVL relativamente próxima da Acanthamoeba, é responsável por causar uma forma fatal de EAG, especialmente em crianças imunocompetentes. ademais, pode causar infecções de pele e pulmão

• gêneros Legionella: podem funcionar como carreadoras de bactérias patogênicas.

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• Naegleria fowleri, causa a meningoencefalite amebiana primária (MAP) de maneira não oportunista em crianças e adultos jovens

saudáveis.

Microfotografia óptica de trofozoíto ameboide (a),trofozoíto flagelado (b) e cisto (c) de Naegleria fowleri. As letras “n”e “u” representam o núcleo e a extremidade uróide,respectivamente. Aumento de 1000

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• o protozoário invada a mucosa• nasal, atravessando a lâmina cribiforme do etmóide• pela bainha do nervo olfatório, penetrando

• e invadindo o encéfalo.

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Figura Meningoencefalite amebiana primária (MAP). Aspectomacroscópico de uma meningoencefalite necrótica e hemorrágica dabase do cérebro.

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• Trabalho da Divisão de Neurologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de

• Medicina da Universidade de São Paulo (Prof. Η. Μ. Canelas): *Médico-Residente;

• Há cerca de 5 dias apresentava lombalgia intensa, sem irradiação. Após 3 dias surgiu dificuldade para deambular e para iniciar a micção.

• Houve piora progressiva do quadro, sendo entáo encaminhado ao Pronto Socorro do mesmo Hospital. Foi constatado que se encontrava em regular estado geral, eupneico. anictérico, febril (37,8<>C), com taquicardia (120/min., rítmica) e pressão arterial 12x8

• mm Hg. Ausculta cárdio-pulmonar sem anormalidades; fígado e baço não palpáveis, Sonolento; rigidez de nuca sinal de Lasègue.

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• O paciente residia em Aparecida do Norte, no interior de São Paulo, em zona urbana,

• em casa de alvenaria, com esgoto e água encanada. Era estudante de ginásio e tinha

• como hábito banhar-se em lagoa nas imediações da cidade. Cerca de 15 dias antes do

• início do quadro havia-se banhado em uma lagoa na qual já fora registrada contaminação

• para esquistossomose. Seus familiares negam quadro semelhante ao do paciente

• na região.

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• Exames complementares — Hemograma: 3.700.000 hemácias/mm3; 370.000 plaquetas/

• mm3; 12.600 leucócitos/mm3 (néutrófilos em bastonete 10%; neutrófilos segmentados

• 48%; eosinófilos 20%; monócitos 22%). Exame parasitologic© das fezes negativo. Reações

• imunológicas para leptospirose, brucelose e toxoplasmose negativas. Radiografias de

• tórax, crânio, coluna dorsal e lombo-sacra normais. Eletrencefalograma mostrando

• desorganização discreta e difusa da atividade elétrica encefálica

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• Nos 10 dias seguintes à internação, o paciente apresentou picos febris diários, toxemia

• e houve ascenção progressiva do comprometimento da sensibilidade, atingindo a

• anestesia o nível de T-6 e a hipoestesia o nível de T-2.• Foi introduzida antibioticoterapia (gentamicina e

ampicilina) associada a hormônio• airenocorticotrófico (ACTH, 50 unidades diárias). Após 10

dias de medicação, persistiam• as alterações do LCR lombar

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• Nos 10 dias seguintes à internação, o paciente apresentou picos febris diários, toxemia

• e houve ascenção progressiva do comprometimento da sensibilidade, atingindo a

• anestesia o nível de T-6 e a hipoestesia o nível de T-2.• Foi introduzida antibioticoterapia (gentamicina e

ampicilina) associada a hormônio• airenocorticotrófico (ACTH, 50 unidades diárias). Após 10

dias de medicação, persistiam• as alterações do LCR lombar

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• Dada a eosinofilia no sangue e no LCR, não tendo sido confirmada a hipótese de

• esquistossomose aguda, foram feitas pesquisas visando a amebiase. Esta última foi

• confirmada mediante o achado de ameba de vida livre (Naegleria sp.) no LCR, quer

• pelo exame microscópico direto como através da cultura. A mesma ameba foi ulteriormente

• isolada da água da lagoa em que o paciente havia se banhalo. Comunicação

• sobre o assunto foi registrada em separado pelos parasitologistas que efetuaram o estudo.

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• Com o diagnóstico de meningo-encéfalo-mielite por ameba de vida livre, o paciente

• passou a ser medicado com Anfotericina-B por via intravenosa e em doses progressivamente

• maiores até atingir 25 mg/diárias. Após receber um total de 1.500 mg de

• Anfotericina-B, a medicação foi suspensa. Houve melhora progressiva do estado geral

• e das alterações do LCR, persistindo inalterado o quadro neurológico. Por ocasião

• da alta hospitalar, 183 dias após a internação.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS• O adoecimento por amebas de vida livre, especialmente• N. fowleri, pode ser bem caracterizado como• um problema das relações do homem com o meio• ambiente. De fato, a enfermidade ocorre nas situações• nas quais o Homem “invade” os ecótopos do protozoário,

os quais, muitas vezes, são também• resultado do derrame de dejetos e poluentes nas

coleções hídricas• Apesar da gravidade com que costumam evoluir as

meningoencefalites por ameba de vida livre, dois aspectos merecem ser também salientados neste caso.

• O primeiro é o de ação satisfatória da Anfotericina-B e, o segundo, o da menorgravidade da evolução.